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A tragédia das chuvas em Petrópolis

As tragédias em Petrópolis, causadas pela chuva, estão presentes desde a sua fundação, em 1843. Um olhar atento aos jornais do tempo do Império e posterior, mostram que em determinado momento, até o Imperador Dom Pedro II foi obrigado a retornar ao Rio de Janeiro, devido ao transbortamento dos rios, lama e barreiras na cidade.

Situação vivida por muitos petropolitanos ao longo da história da cidade e guardam na memória tragédias que marcaram a vida de muitos, como em 1966 e 1988. É importante ressaltar e afirmar que, independente do número de mortos, seja 100 ou apenas um, como ocorreu sábado dia 3 de março de 2018, a perda de vidas humanas por causa de fortes chuvas e deslizamentos de terra é sempre uma grande tragédia.

Mas, o que chama atenção é que, ao longo dos 175 anos a história se repete como um círculo vicioso: chove forte, deslizamento de terra, transbordamento de rios, mortes de petropolitanos, promessas de reconstrução, projetos e recursos federais.

Ao passar este momento, o que vemos é que as coisas caminham lentamente e pouco acontece, mesmo sendo Petrópolis uma das cidades na Região Serrana do Estado do Rio onde o índice de deslizamento de terra é alto.

O que a cidade viveu ao longo de seus 175 anos parece que não adiantou de nada, pois pouco foi realizado e quando olho para Nova Friburgo, que em janeiro de 2011 sofreu uma das piores tragédias de sua história. Tenho a impressão que eles conseguiram se recuperar muito bem, ao contrário de Petrópolis, que nunca se recuperou da primeira tragédia, ocorrida em 1958, quando uma pessoa morreu soterrada numa casa no Centro Histórico, como narra o jornal O Paraíba.

As medidas tomadas nos últimos anos pelo Governo Municipal e continuada pela atual administração, tem como objetivo promover a cultura de prevenção, aproveitando a experiência do Japão com tragédias naturais. Esta ação é importante, porém, se considerar que o Japão tem uma cultura milenar, se não houver um investimento em educar as futuras gerações, iniciando nas escolas, vamos levar muito tempo e daqui a mil anos, Petrópolis pode não mais existir.



Esperamos que as iniciativas da Defesa Civil, iniciadas na gestão do Coronel Bombeiro, Rafael Simão e continuada na atual gestão do Coronel Paulo Renato tenham o efeito esperado, caso contrário, com a mudança climática, causada pelo aquecimento global, vamos continuar assistindo e convivendo com tragédias e perdas humanas.

Comentários

  1. Caro Rogério, utilizei informações do seu texto na prova de Matemática que aplicarei amanhã, 12 de março e citei seu nome. Obrigada, viu? - E. P. Nossa senhora da Glória, Morin.

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    1. Obrigado, mas poderia me enviar a prova para ver como foi utilzado.

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